Beatriz Haddad Maia Vira o Jogo e Elimina Elina Svitolina nas Oitavas do Bad Homburg Open

Beatriz Haddad Maia: Superação e Garra em Vitória Histórica na Grama Alemã

Os olhos estavam voltados para o duelo entre Beatriz Haddad Maia e Elina Svitolina, e não faltou emoção para quem acompanhou o jogo na Alemanha. Em quase duas horas e meia de pura tensão, a brasileira escreveu mais um capítulo marcante na carreira: virou uma partida dificílima contra a ex-número 3 do mundo, numa das quadras de grama mais tradicionais do circuito. O placar final foi 3-6, 6-4, 7-6(9-7), e cada set contou sua própria história de luta, emoção e pequenos detalhes que decidiram o confronto.

O começo não foi dos melhores para Haddad Maia. Svitolina, que ocupa atualmente a 14ª posição no ranking, mostrou toda sua experiência e regularidade, fechando o primeiro set em 6-3 com quebras de serviço precisas. Quem olhava poderia imaginar mais uma derrota da brasileira em um ano já cheio de tropeços: antes desse torneio, ela havia emendado nove derrotas seguidas, um cenário que abalaria qualquer atleta.

Mas o Bad Homburg revelou outro roteiro. No segundo set, Haddad Maia conseguiu equilibrar as ações e passou a arriscar mais nas devoluções, tirando Svitolina da zona de conforto. Uma quebra decisiva veio exatamente quando precisava: ela fechou em 6-4, mostrando resiliência mental após semanas de pressão. Quem acompanha tênis sabe que virar contra jogadoras do calibre de Svitolina é missão das mais ingratas — e poucas acreditavam na reação da paulista depois do 1 a 0 contra.

O terceiro set foi uma gangorra de emoções. Quando Haddad Maia abriu 4-1 no tiebreak, a torcida já previa uma vitória tranquila. Só que Svitolina salvou quatro match points, alimentando o drama e colocando em xeque a confiança da brasileira. No quinto match point, enfim, Haddad Maia transformou sua luta em celebração, mostrando clareza tática e uma cabeça fria digna dos grandes momentos do esporte.

Momento Crucial Antes de Wimbledon

Momento Crucial Antes de Wimbledon

A vitória pesa ainda mais se levarmos em conta o contexto: o Bad Homburg Open é um dos torneios mais importantes como preparação para Wimbledon, onde a grama impõe ritmo e desafios diferentes do resto do circuito. Após um início de temporada tropeçando, com apenas nove vitórias e dezoito derrotas, Haddad Maia parece viver um ponto de virada, agora somando três vitórias em seus últimos seis jogos — uma tendência que anima o torcedor brasileiro cansado de ver derrotas seguidas em 2025.

Na próxima rodada, o desafio será contra Jasmine Paolini, atual número quatro do mundo e sensação de Wimbledon no ano anterior. Para Haddad Maia, este é o tipo de teste que pode mudar de vez o roteiro do ano: se vencer, pode se firmar como um nome forte para surpreender em Londres. Se perder, ao menos mostrou que a garra não ficou para trás na pior fase da temporada.

  • Svitolina, apesar da derrota, demonstrou por que já esteve entre as melhores do planeta. Resistiu e pressionou até o último ponto, mostrando que a força mental segue sendo seu trunfo.
  • Beatriz Haddad Maia busca repetir 2022, quando atingiu as oitavas de Wimbledon, e usa o Bad Homburg como termômetro de seu melhor momento em quadras rápidas.

O tênis é feito desses altos e baixos — e, para a brasileira, reencontrar o caminho da vitória traz novo ânimo num momento crucial. Agora, tudo indica que Haddad Maia chega com confiança renovada na grama sagrada do Grand Slam mais tradicional do calendário.

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