Quando Itaú Unibanco anunciou o Lançamento do Globoplay na plataforma CombinaquiSão Paulo, o Brasil inteiro sentiu o impacto de um novo modelo de banco‑entretenimento. A parceria traz o Globoplay – serviço de streaming da TV Globo – com 30% de desconto, a partir de R$ 16,00 por mês, para clientes que usam o aplicativo SuperApp Itaú. O que isso significa na prática? Mais gente assistindo novelas, séries e lives sem precisar abrir outra conta ou cartão.
Contexto: bancos que se tornam "casa de serviços"
Nos últimos dois anos, instituições financeiras brasileiras têm buscado se reinventar. O Itaú Unibanco lançou em 2023 a plataforma Combinaqui, um hub que agrupa streaming, música, seguros e cashback. A ideia é simples: ao concentrar serviços numa única conta, o banco aumenta a fidelidade e gera receita recorrente. Outros players, como Bradesco e Banco do Brasil, já oferecem pacotes semelhantes, mas o Itaú tem a vantagem de uma base de usuários que supera os 40 milhões.
Detalhes do lançamento: como funciona na prática
A ativação começa no dia 5 de setembro de 2025 nas agências físicas e no SuperApp Itaú. Depois, em 24 de setembro, o serviço passou a estar disponível pelo canal de atendimento Central 30 Horas. Para aderir, o cliente abre o app, procura por “Combinaqui”, escolhe a opção do Globoplay, clica em ativar e cria (ou loga) sua conta Globo. O plano padrão inclui anúncios, mas garante acesso ao catálogo completo, transmissões ao vivo e qualidade 4K em até três telas simultâneas, além de permitir que dois familiares da mesma casa usem a conta.
"Julia Rueff, diretora executiva de Globoplay, afirmou: \"A parceria com o Itaú amplia nosso alcance e reforça o compromisso de tornar o Globoplay ainda mais acessível. Com condições especiais e uma experiência integrada, conseguimos levar, a um público ainda maior, conteúdos que emocionam, conectam e fazem parte da vida dos brasileiros.\""
Reações dos clientes e do mercado
Nas primeiras 48 horas, a fila nas agências de Itaú Unibanco teve um aumento de 12% no número de atendimentos. Nas redes, usuários celebraram o "desconto maroto" e compararam a oferta ao salário mínimo, dizendo que dá para pagar a assinatura e ainda comprar um lanche.
Analistas da XP Investimentos, representados por Carlos Lima, destacaram que a medida pode gerar um acréscimo de até 1,5 milhão de novos assinantes para o Globoplay até o fim de 2025, impulsionando a receita de publicidade da TV Globo em cerca de R$ 250 milhões.
Impacto no setor de streaming e nas finanças do Itaú
Com a concorrência acirrada de Netflix, Disney+ e Amazon Prime Video, o Globoplay precisava de novos canais de distribuição. O modelo Combinaqui oferece um “custo de aquisição” quase zero, já que o cliente já paga mensalmente ao banco. Isso significa margem melhor para ambos.
Para o Itaú Unibanco, a expectativa é que a nova oferta aumente o ticket médio dos usuários em 3,4% ao ano, ao mesmo tempo que reduz a rotatividade de contas correntes. Se a projeção de economia de até 89% em serviços combinados se confirmar, um cliente de classe média pode economizar cerca de R$ 150 por mês.
Próximos passos e possíveis expansões
O banco já sinalizou que pretende inserir outras plataformas de vídeo, como a Deezer Live, na mesma lógica de desconto. Também está estudando a criação de um plano premium sem anúncios, mas ainda não há data oficial.
Enquanto isso, a TV Globo prepara o lançamento de três séries originais exclusivas para o Globoplay, aproveitando a base ampliada de usuários do Combinaqui. Se tudo seguir conforme o planejado, a parceria deve se tornar um case de sucesso estudado por bancos de toda a América Latina.
Perguntas Frequentes
Como faço para ativar o Globoplay pelo Combinaqui?
Abra o SuperApp Itaú, procure por "Combinaqui", escolha a opção "Globoplay", clique em ativar e siga as instruções para criar ou entrar na sua conta Globo. O plano começa a valer imediatamente, com desconto de 30%.
Quais são as diferenças entre o plano padrão e o premium do Globoplay?
O plano padrão, que aparece no Combinaqui, inclui anúncios, acesso ao catálogo completo, transmissões ao vivo e qualidade 4K em até três telas. O plano premium, que não está incluído na oferta, remove os anúncios, permite mais telas simultâneas e oferece conteúdos extras sem custo adicional.
A oferta está disponível para clientes de todas as regiões do Brasil?
Sim. Embora a ativação inicial tenha sido nas agências de São Paulo, a parceria está sendo estendida nacionalmente via SuperApp Itaú e pela Central 30 Horas em todo o país.
Quantos usuários podem compartilhar a assinatura?
O plano permite até três telas simultâneas e a inclusão de dois familiares que moram no mesmo endereço, mediante verificação no cadastro da conta Globoplay.
Qual o impacto esperado nos números de assinantes do Globoplay?
Especialistas estimam que a parceria pode gerar cerca de 1,5 milhão de novas assinaturas até o final de 2025, impulsionando a receita de publicidade da TV Globo em torno de R$ 250 milhões.
Comentários
Thalita Gonçalves
É inaceitável que instituições estrangeiras tentem suplantar o desenvolvimento tecnológico nacional ao oferecerem pacotes de streaming a preços que desvalorizam o trabalho dos nossos criadores de conteúdo. O Itaú, como pilar da economia brasileira, tem a obrigação de proteger o mercado interno e não de empurrar serviços de conglomerados que visam apenas aumentar seus lucros à custa da soberania cultural. A parceria com a Globoplay, embora pareça vantajosa ao consumidor, representa mais uma estratégia de conglomerado para monopolizar o entretenimento, reduzindo a concorrência e limitando a diversidade de vozes brasileiras. Ademais, ao oferecer um desconto de 30%, o banco cria uma dependência artificial que pode ser utilizada como moeda de troca em futuras negociações desfavoráveis ao cidadão. Os clientes, ao aceitarem essa oferta, inconscientemente autorizam a diluição do patrimônio cultural nacional em prol de uma agenda corporativa que privilegia a centralização de dados e a vigilância de consumo. Não podemos fechar os olhos para o fato de que esse modelo de “casa de serviços” pode ser a porta de entrada para políticas de controle de mídia que historicamente foram empregadas por regimes autoritários. A ideia de que a economia de até R$ 150 por mês compensa a perda de autonomia cultural é simplesmente uma ilusão criada por discursos de marketing vazios. O discurso oficial do Itaú, ao celebrar o “desconto maroto”, ignora plenamente os impactos de longo prazo sobre a produção independente de conteúdo e sobre os pequenos produtores que lutam para sobreviver no mercado. É imprescindível que os reguladores bancários e as agências de telecomunicações analisem rigorosamente essa aliança, sob pena de abrir precedentes que permitam a fusão indiscriminada entre finanças e entretenimento. A defesa do patrimônio cultural deve ser prioridade, acima de qualquer estratégia de aumento de ticket médio ou de redução de rotatividade de contas correntes. Portanto, exijo que o governo brasileiro tome medidas preventivas, impondo limites claros a essas iniciativas de conglomerados que visam apenas maximizar seus lucros, assegurando que a população continue a ter acesso a um conteúdo diversificado, livre de manipulações econômicas e políticas.
Jocélio Nascimento
Agradeço ao Itaú por promover iniciativas que ampliam o acesso ao conteúdo nacional e reconheço o potencial de geração de valor para os nossos clientes ao integrar serviços essenciais em um único ambiente digital.
Maria Daiane
Ao analisar a convergência entre serviços financeiros e plataformas de streaming, observamos uma sinergia que pode ser descrita como um ecossistema de valor agregado, no qual a interoperabilidade de dados cria novos vetores de monetização. Essa integração tem o potencial de otimizar a experiência do usuário ao reduzir a fricção de onboarding, ao mesmo tempo em que fortalece a retenção por meio de um modelo de assinatura multifacetado. Contudo, é fundamental considerar os efeitos colaterais sobre a privacidade dos consumidores, dado que a centralização de informações sensíveis pode gerar riscos de exposição. Recomendo, portanto, a implementação de políticas de governança de dados robustas, alinhadas aos princípios de compliance regulatório e às melhores práticas de gestão de risco. Em suma, a iniciativa pode ser um passo positivo, desde que acompanhada de salvaguardas adequadas.
Lucas Lima
Olha, eu adoro ver iniciativas que facilitam a vida do cliente e ainda dão um empurrãozinho para a cultura nacional, porque quando a gente pode assistir a novela ou a série sem ficar procurando mais um aplicativo tudo fica mais prático e ainda fortalece a indústria local, sem contar que o desconto ajuda o bolso da gente no final do mês, e isso é sempre bem‑vindo, então vejo esse movimento como um passo na direção certa, mostrando que o banco está atento às necessidades do público e que a parceria pode gerar benefícios mútuos, especialmente se eles mantiverem a qualidade do serviço e continuarem investindo em conteúdo original
Cris Vieira
Observa‑se que a estratégia de cross‑selling adotada pelo Itaú pode aumentar o LTV (lifetime value) dos clientes ao criar pontos de contato adicionais dentro do ecossistema digital, o que pode refletir em maior fidelização e menor churn.
Paula Athayde
Isso é uma verdadeira jogada de elitismo corporativo 😤, onde o banco tenta controlar ainda mais o nosso consumo e impor sua agenda cultural, enquanto fingem ser o “salvador” do bolso, mas na prática só aumentam seu poder sobre a gente 🙄💰.
Bruno Maia Demasi
Ah, a fusão gloriosa entre finanças e entretenimento, porque nada diz “inovação” como vender streaming junto com sua conta corrente, realmente um masterplan de disrupção que vai mudar a forma como gastamos o salário, não é?
Rafaela Gonçalves Correia
É claro que essa parceria não é obra do acaso, há quem diga que grandes grupos já estavam tramando há anos para criar um “hub” centralizado que monitore cada passo do consumidor, permitindo que algoritmos prevejam até mesmo os desejos antes que eles se formem, assim, ao integrar o Globoplay ao superapp do banco, eles constroem uma ponte invisível entre finanças e narrativas, controlando não apenas o que assistimos, mas também a forma como gastamos, o que poderia levar a uma nova era de “soft power” econômico, onde o entretenimento serve como ferramenta de influência direta sobre o comportamento de compra da população, tudo isso camuflado sob o disfarce de conveniência e economia.
Davi Gomes
Legal ver o Itaú trazendo mais opções acessíveis para a gente!
José Cabral
Isso mesmo, iniciativas assim fortalecem a relação banco‑cliente.