
Brasil encara batalha e conquista vaga inédita na final desde 2021
Quem acompanhou a semifinal entre Brasil e Japão pela Liga das Nações de Vôlei Feminino 2025 sentiu a intensidade de uma verdadeira montanha-russa de emoções. Foram mais de duas horas e vinte minutos de partida, em Łódź, na Polônia, onde cada ponto era disputado como se fosse último. Após perder o primeiro set por uma pequena margem (23-25), a equipe brasileira reagiu e mostrou força mental e técnica, virando o placar nos dois sets seguintes (25-21 e 25-18).
A força do conjunto ficou evidente: Gabi Guimarães teve noite inspirada, anotando 25 pontos. Julia Bergmann também respondeu à altura, somando 24 pontos, sendo presença constante nos principais momentos ofensivos do Brasil. Nos bloqueios e na estratégia, a seleção encontrou caminhos para conter o equilíbrio japonês. Quem achou que estava decidido, viu o Japão crescer, principalmente se aproveitando da queda momentânea de concentração brasileira. As asiáticas empataram ao vencerem o quarto set por 25-19 e mostraram porque são adversárias tão duras e disciplinadas.

Superação e revanche: virada histórica sobre as algozes recentes
O histórico recente dava um extra de drama ao encontro. O Japão havia eliminado o Brasil nas semifinais da Liga das Nações de 2024 e também nos Jogos Mundiais Universitários de 2025. Mas, desta vez, o roteiro foi diferente. Na hora do desempate, o Brasil se impôs com liderança e calma. O bloqueio, tão contestado em outros jogos, apareceu no quinto set: 15-8 para as brasileiras, sem espaço para sustos.
Do lado japonês, Wada assumiu o protagonismo, marcando 20 pontos e sendo fundamental nos principais momentos do time asiático. Porém, a coragem e o poder de reação brasileiros falaram mais alto. O time comandado por Gabi e Julia se valeu de arremates eficientes e uma defesa coesa, impedindo que os ataques japoneses engrenassem no set decisivo.
Com essa vitória, o Brasil retorna a uma final da Liga das Nações pela primeira vez desde 2021 e vai buscar, contra a atual campeã Itália, o título que não conquista desde 2017. A expectativa está alta após o desempenho coletivo e a superação dos traumas recentes. O duelo contra as italianas promete ser mais um capítulo intenso nessa busca pelo topo.
- Jogo durou mais de duas horas e vinte minutos
- Brasil perdeu o primeiro set, virou e cedeu empate antes da reação final
- Estatísticas: Gabi Guimarães (25 pontos), Julia Bergmann (24 pontos), Wada (20 pontos pelo Japão)
- Brasil se vinga de eliminações anteriores impostas pelo Japão
- Final será contra a poderosa Itália
O desafio agora é manter a confiança, corrigir pequenos erros e entrar em quadra com a mesma energia e disposição que mostraram nesta semifinal. O Brasil chega com moral renovada e carregando não só a técnica, mas também o sentimento de revanche superado. Que venha a final!
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