Na aguardada nova versão de *Vale Tudo*, Rubinho (interpretado por Julio Andrade) vivencia seu desfecho trágico não só marcado pela dor de um infarto, mas também pela profunda decepção com sua filha, Maria de Fátima (interpretada por Bella Campos). Em apenas 20 episódios, o remake já começa a fazer seu público sentir a carga emocional intensa da trama, onde as relações familiares são postas à prova.
Rubinho, um pianista dedicado que sempre sonhou em se apresentar em Nova Iorque, vê seu sonho se aproximar tragicamente do fim quando Maria, sua própria filha, se distancia de forma severa. Em um resort onde ela trabalha, uma cena amarga se desenrola: Maria ordena que Rubinho ignore que a conhece, e insulta sua ex-esposa Raquel (Taís Araújo) como "insuportável" e "pobre". Cada palavra é como uma facada, minando a saúde emocional já frágil de Rubinho.
A caminho dos Estados Unidos a bordo do jato particular de Marco Aurélio (Alexandre Nero), o sonho de Rubinho é bruscamente interrompido. Na tentativa de minimizar os sintomas de uma dor crescente, Rubinho sucumbe a dois ataques cardíacos. O avião faz um pouso de emergência, mas a rapidez do socorro não é suficiente para salvar sua vida.
Raquel, presente na cena como um apoio silencioso, acompanha os momentos finais de Rubinho, que se agarra a seu passaporte, simbolizando um sonho que ficou pelo caminho. Esse momento final não apenas traz à tona a vulnerabilidade de Rubinho, mas também enfatiza a intensidade da vilania de Maria de Fátima, que com sua manipulação e falta de consideração pelos laços familiares, emerge como uma das mais frias antagonistas já vistas na TV brasileira.
O remake destina-se não apenas a reviver uma telenovela icônica dos anos 80, mas também a ressignificar certas passagens para adaptar-se a tempos modernos. Neste caso, a história de Rubinho torna-se um potente lembrete do preço que a ambição desenfreada pode cobrar, deixando marcas não apenas nas vítimas diretas, mas também nos entes queridos que ficam para trás.
Escreva um comentário