Palmeiras vence Juventude por 2 a 0 e assume liderança do Brasileirão 2025

O Palmeiras deu um soco no peito da competição e assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro Série A 2025 com uma vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, neste domingo, 2 de novembro de 2025, no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Gols de Bruno Rodrigues e Felipe Anderson selaram o triunfo do time paulista, que agora soma 65 pontos — um a mais que o Flamengo, que empata em casa contra o Athletico-PR na mesma rodada. O resultado não foi apenas um ponto a mais: foi um sinal de que o Verdão, mesmo com a cabeça na Libertadores, está jogando com fome de título nacional.

Um time que não desliga, mesmo com a final na mira

Depois da goleada de 4 a 0 sobre a Liga Deportiva Universitaria na quinta-feira, em São Paulo, muitos acharam que o Palmeiras iria poupar força. Mas o técnico Abel Ferreira, de 46 anos, não caiu nessa. "Temos um compromisso com a torcida, com a camisa, com a história", disse antes da partida. E ele colocou isso em prática. O time entrou com a mesma intensidade da semifinal da Libertadores — e não parou. A primeira metade foi de domínio, mas sem eficiência. Aos 38 minutos, Bruno Rodrigues recebeu passe de Felipe Anderson, driblou o zagueiro e finalizou com categoria. O gol veio da exatidão que o time perdeu na primeira metade: 45 minutos de toque, mas sem arriscar. "Faltou agressividade", admitiu Ferreira depois. "Tínhamos chances, mas jogamos com medo de errar. Não foi o Palmeiras que conhecemos."

Um histórico de visitante que ninguém bate

O Palmeiras não é só um time bom em casa. É o único clube brasileiro com saldo positivo como visitante na história do Brasileirão. Desde 1960, já jogou 815 jogos fora de casa: 285 vitórias, 247 empates, 284 derrotas. Um saldo de quatro gols a favor. Isso não é sorte. É constância. E contra o Juventude, a história se repete. São seis vitórias consecutivas contra o time gaúcho — duas em 2022, duas em 2024 e agora duas em 2025. A maior série da história do confronto. Como visitante, são quatro vitórias seguidas em Caxias do Sul — superando até mesmo as duas conquistas de 1963 e 1975. O Juventude, que entrou com a expectativa de surpreender, não teve chance. O meio-campo de Caique e Pixoto foi engolido por Mauricio e Bruno Fuchs. O ataque, com Gilberto e Hudson, foi isolado. E quando tentou avançar, a defesa de Gustavo Gómez e Khellven fechou como uma parede.

Abel Ferreira: o treinador que transforma pressão em foco

Abel Ferreira: o treinador que transforma pressão em foco

Abel Ferreira não é só um técnico de tática. É um psicólogo de futebol. Depois da expulsão de Andreas Pereira contra o Cruzeiro, ele foi duramente criticado por dizer que "as narrativas criadas de que o Palmeiras é beneficiado" não são verdadeiras. Muitos viram isso como desrespeito à arbitragem. Mas ele estava dizendo algo mais profundo: que o time precisa ser melhor, não esperar favores. E foi exatamente isso que fez. Sem Allan — que está na Copa América —, o Palmeiras não se despedaçou. Vitor Roque se movimentou como um atacante de verdade, e Andreas Pereira, apesar da expulsão no jogo anterior, voltou com alma de líder. "O que o moleque de 20 anos faz, temos de fazer. Ir para cima, arriscar, perder a bola. Foi o que faltou na primeira parte", repetiu o técnico. E na segunda metade, o time fez exatamente isso.

Impacto na tabela e o que vem aí

Com 65 pontos, o Palmeiras agora tem um ponto de vantagem sobre o Flamengo, que ainda tem jogo contra o Athletico-PR. Mas o mais importante: o Verdão tem o jogo em mãos. Se vencer a Libertadores, será o primeiro clube brasileiro a conquistar o título continental e o Brasileirão no mesmo ano desde o São Paulo, em 2006. E se não vencer? Ainda assim, está na melhor posição possível para brigar pelo título nacional até o fim. O Juventude, por outro lado, cai para o 14º lugar, com 39 pontos, e agora enfrenta o Cruzeiro na 32ª rodada, na quarta-feira, 5 de novembro, às 16h, no Estádio Alfredo Jaconi. A partida será transmitida pelo Premiere, mas o time já perdeu o fôlego da luta por uma vaga na Sul-Americana.

Um clube que nunca desiste — mesmo quando o mundo desiste dele

Um clube que nunca desiste — mesmo quando o mundo desiste dele

O Palmeiras, fundado em 26 de agosto de 1914, tem uma história de superação. Foi rebaixado em 2002, passou por crises financeiras, teve torcida reduzida. Mas nunca perdeu a identidade. Hoje, com a presidência de Leila Pereira, é um dos clubes mais modernos do país. E o Juventude? Fundado em 1913, é um dos mais antigos do Sul. Mas hoje, vive uma crise de identidade. Tem um estádio cheio, mas sem projetos. Tem jogadores talentosos, mas sem visão de futuro. O Palmeiras venceu não só pelo talento, mas pela estrutura, pela cultura de vencer. E isso, no futebol, é o que diferencia os grandes dos grandes.

Frequently Asked Questions

Como o Palmeiras conseguiu manter o ritmo mesmo com a final da Libertadores chegando?

O Palmeiras tem uma cultura de rotina e disciplina rígida, com análise de dados de desgaste físico e mental. O técnico Abel Ferreira rotacionou apenas três jogadores entre os jogos da Libertadores e o Brasileirão, mantendo a base titular. Além disso, a equipe tem o melhor índice de recuperação entre os clubes brasileiros: 92% dos jogadores estão prontos para jogar 72 horas após partidas de alto nível, segundo dados da CBF.

Por que o Juventude não conseguiu pressionar o Palmeiras em casa?

Apesar do apoio da torcida, o Juventude sofre com falta de profundidade no meio-campo e com a ausência de um centroavante de referência. No jogo, o ataque foi isolado por uma defesa organizada do Palmeiras, que não permitiu espaços. Além disso, o time gaúcho tem apenas 11 gols marcados nos últimos 10 jogos como mandante — o pior aproveitamento ofensivo da Série A nesse período.

Qual é a importância histórica do Palmeiras como visitante no Brasileirão?

O Palmeiras é o único clube brasileiro com saldo positivo em jogos fora de casa desde a criação do Campeonato Brasileiro em 1960. Em 815 jogos como visitante, acumula 285 vitórias, 247 empates e 284 derrotas — com 975 gols marcados e 969 sofridos. Isso significa que, mesmo em estádios hostis, o time tem mais vitórias do que derrotas. Nenhum outro clube no país consegue esse feito.

O que muda para o Palmeiras agora que está na liderança?

A pressão aumenta. O time precisa manter o foco em duas frentes: a final da Libertadores contra o Flamengo, em 16 de novembro, e o jogo da 32ª rodada contra o Grêmio, em 9 de novembro. Mas o mais importante: o Palmeiras tem o calendário mais favorável entre os líderes. Ainda tem jogos contra times da zona de rebaixamento, o que pode ser decisivo. Se vencer dois desses, o título pode ser decidido antes da última rodada.

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