Bahia sofre eliminação diante de um América de Cali eficiente
O duelo entre Bahia e América de Cali pelos playoffs da Copa Sul-Americana mostrou como o futebol sul-americano é decidido nos detalhes. No primeiro jogo, em Salvador, ninguém balançou as redes. O 0 a 0 da partida de ida representou bem o equilíbrio entre os times, que disputavam lance a lance cada espaço no campo. Só que, no retorno, o América de Cali resolveu não desperdiçar as poucas chances que teve.
O reencontro foi no calor do estádio Pascual Guerrero, em Santiago de Cali, e logo ficou claro que a postura do América seria diferente. Precisando de um simples gol para avançar, os colombianos apostaram na velocidade e na marcação alta. Bahia, do outro lado, mostrava dificuldades para responder à pressão da torcida e para furar a linha defensiva rival.
Como os colombianos construíram a classificação histórica
O nervosismo dos dois lados era evidente porque cada erro podia custar a vaga. E ela veio com uma bobeada na defesa do Bahia: Jhon Murillo aproveitou um vacilo, roubou a bola e finalizou com precisão. O gol transformou o jogo, obrigando o Bahia a buscar o empate de qualquer jeito. O time brasileiro teve chances, principalmente com Michel Araujo subindo bem em bolas aéreas e Iago tentando se infiltrar, mas faltou aquele capricho na hora de definir as jogadas.
A defesa do América de Cali foi um espetáculo à parte, com Daniel Bocanegra e Jean Carlos Pestaña ganhando quase todos os duelos. Eles fecharam os espaços, impediram finalizações perigosas e deram segurança para o time aguentar a pressão. O Bahia tentava, mas se esbarrava em um muro vermelho que parecia impossível de quebrar.
Quando o Bahia já mostrava sinais de cansaço e desespero, veio o golpe final nos acréscimos: Dylan Borrero cruzou na medida e Yojan Garcés apareceu livre, selando o 2 a 0 e arrancando gritos de alívio no estádio. A vitória não só confirmou a vaga nas oitavas, mas ainda foi o primeiro triunfo do novo técnico Diego Gabriel Raimondi, que havia chegado há pouco para mudar a cara do América após a saída de Jorge 'Polilla' Da Silva.
Do lado baiano, restou a frustração. O time criou oportunidades e mostrou vontade, mas sentiu o peso do mata-mata e ficou pelo caminho. Agora, os colombianos já olham para frente: o Fluminense será o próximo adversário e, com a moral reforçada, a torcida do América de Cali acredita que o time pode sonhar ainda mais alto.
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